luto

Luto

O que é?

Apesar de a morte ser, como se costuma dizer, “a única certeza da vida”, na maioria das vezes não é fácil lidar com a ideia da finitude. A verdade é que, quando gostamos, não estamos preparados para lidar com a perda, seja de ente querido, um animal de estimação ou o fim de uma relação, por exemplo. Os sentimentos são profundos de tristeza, culpa, ansiedade, solidão, a sensação de desamparo, no entanto, em alguns casos pode, também, gerar um sentimento de alívio. É com o luto que, muitas vezes, se sente o aperto no peito, o nó na garganta, o vazio no estômago ou até a sensação de que o que está a viver não é real. Pode a pessoa ter, também, alterações no sono, sonhar com a pessoa falecida, ter alterações no apetite, ter crises de choro, não ter vontade de fazer coisas que antes lhe dava prazer. Por vezes, pode acontecer de se isolar, tentar evitar as lembranças. Uma coisa é certa, não se pode eliminar a dor, mas pode-se fazer com que aprenda a conviver com a perda de forma saudável.

Fases do luto

Negação: É quando a pessoa tenta defender-se do sofrimento, negando que tenha acontecido, ou seja, quando não se consegue aceitar a perda, nem acreditar que aconteceu. Durante esta fase é possível que haja uma sensação de apatia e necessidade de isolamento.

 

Raiva: Seguido da negação, vem a raiva, muitas vezes acompanhada das perguntas “porquê eu?” ou “porquê comigo?”. Nesta fase, é esperado que este sentimento seja direcionado para as pessoas que os rodeiam ou até mesmo para si próprio. A pessoa pode sentir-se inconformada e evitar falar sobre o assunto, encarando a situação como uma injustiça.

 

Negociação: Nesta fase a pessoa começa a encarar a hipótese da perda. É comum a procura de algum tipo de negociação para reverter a situação, muito frequentemente na religião. A negociação oferece fugas temporárias da dor, proporciona um sentimento importante: a esperança, que oferece à pessoa um tempo para se ajustar à realidade da situação.

 

Depressão: Nesta fase, não estamos a falar da depressão como diagnóstico clínico, mas sim do sentimento sentido, que é o de tristeza e desesperança perante a perda sofrida. É nesta fase que acontece a tomada de consciência, e que, por mais que se queira, não há como evitar. Neste estágio, a pessoa pode experimentar intensa tristeza, diminuição do sono, menor apetite, perda de motivação e, em casos graves, episódios autodestrutivos.

 

Aceitação: A última fase, o indivíduo finalmente compreende a morte e aceita-a como um sentimento de paz e tranquilidade. É nesta fase que a pessoa consegue conversar com as pessoas queridas sobre a perda, faz planos para o futuro.

 

As fases do luto são temporárias. O luto pode-se tornar patológico se com o passar do tempo a tristeza não diminuir e o indivíduo não conseguir retomar as suas atividades de vida diária, sentindo-se culpado e infeliz. Nestes casos, deve, então, procurar ajuda de um psicólogo/a.

Sintomas

  •  Sentimentos:  raiva, culpa, ansiedade, fadiga, apatia, solidão, tristeza, sensação de desamparo, alívio.
  • Sintomas Físicos: desconforto ou dor no peito, nó na garganta, vazio no estômago, hipersensibilidade ao barulho, despersonalização (sentir-se desligado de si), falta de ar, fraqueza muscular, boca seca, falta de ânimo.
  • Comportamentos: insónia, alterações do apetite; dificuldade na concentração; isolamento social; evitar lembranças da pessoa falecida; alterações motoras (não conseguir estar quieto ou pelo contrário não lhe apetecer fazer nada); choro; visitar sítios ou levar objetos que lembrem a pessoa perdida; guardar objetos que pertenciam à pessoa falecida.

Como podemos ajudar:

O acompanhamento psicológico é um dos recursos para lidar com a perda. A psicoterapia é a forma mais comum de tratamento psicológico. O psicólogo pode, junto com o paciente, encontrar as causas da ansiedade, tratar os sintomas agudos e diminuir a probabilidade de recaída, através do diálogo e da cooperação.

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Psicóloga Clínica e Vocacional

Mafalda Vasconcelos

Psicóloga Clínica e Vocacional

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